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Região dos Vinhos de Trás os Montes

Região dos Vinhos de Trás os Montes

Região dos Vinhos de Trás os Montes

A Região de Vinhos de Trás os Montes, situada no norte de Portugal, no extremo nordeste de Portugal, apresenta uma enorme variedade de paisagens.

A Região de Trás-os-Montes revela-se entre montes e vales pronunciados ao longo de uma vasta área.

História

Esta é uma Região única e com caraterísticas especiais, em toda a região a paisagem muda rapidamente, entre vales verdejantes, ou montes antigos cobertos por uma manta de retalhos de bosques, ou olivais verde-acinzentados, extensos vinhedos verdejantes, ou amendoeiras em flor e outras árvores de fruto.

A cultura da vinha e a produção de vinho na Região de Trás-os-Montes tem uma origem secular, que está intrinsecamente marcada nas suas rochas, uma vez que por toda a região existem vários lagares escavados na rocha de origem romana e pré-romana.

A existência de vinhas velhas com castas centenárias marca também de uma forma muito peculiar a reconhecida qualidade dos vinhos desta região.

Apesar das suas caraterísticas muito próprias, na região de Trás-os-Montes verifica-se a existência de vários microclimas, que aliados às diferenças existentes na constituição dos solos, normalmente graníticos com manchas de xisto, bem como à maior adaptabilidade de certas castas, permitem obter vinhos muito diferentes. Tais diferenças permitiram definir três sub-regiões para a produção de vinhos de qualidade com direito à Denominação de Origem Trás-os-Montes.

Os critérios tidos em conta foram essencialmente as altitudes, a exposição solar, o clima e a constituição dos solos, sendo que a Denominação de Origem (DO Trás-os-Montes) foi reconhecida a partir de 9 de novembro de 2006 e já no que diz respeito aos vinhos com Identificação Geográfica Transmontano, estes podem ser produzidos em toda a Região, e a Indicação Geográfica Transmontano (IG Transmontano).

O controlo e defesa da Denominação de Origem e Indicação Geográfica são da responsabilidade da entidade certificadora “Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes”, que visa proteger e garantir a qualidade e genuinidade dos vinhos de qualidade produzidos na região de Trás-os-Montes.


3 Sub-regiões

Apesar das suas caraterísticas próprias, na região de Trás-os-Montes existem vários microclimas, o que, aliado às diferenças existentes na constituição dos solos, bem como à maior adaptabilidade de determinadas castas, possibilita a obtenção de vinhos muito diferentes.

Tais diferenças permitiram definir três sub-regiões para a produção de vinhos de qualidade com direito a DO Trás-os-Montes, sendo que os critérios tidos em conta foram essencialmente as altitudes, a exposição solar, o clima e a constituição dos solos.

 

A Sub-Região de Chaves

Situada na fronteira com Espanha, a norte, e famosa pelas suas águas termais, as vinhas localizam-se nas encostas de pequenos vales, em direção ao vale do rio Tâmega. Nesta sub-região, os solos são essencialmente graníticos com algumas manchas de xisto, a altitude ronda os 350 a 400m e uma grande incidência de precipitação e elevada humidade relativa.

A sub-região de Valpaços situa-se no centro do coração da Terra Quente Transmontana. Amplamente reconhecida pela produção de vinhos que remontam à época romana, tal presença está intrinsecamente marcada nas rochas pelo maior número de lagares escavados na rocha até à data identificados. Nesta Sub-Região, os solos apresentam diferenças significativas, com uma maior incidência de manchas de xisto, com muitas zonas de transição com solos graníticos, a altitude varia entre os 450 e os 650 m. No que respeita ao clima, ocorrem temperaturas mais elevadas durante o verão e valores mais baixos de humidade relativa, bem como valores mais baixos de precipitação.

 

Sub-Região do Planalto Mirandês

Situada no sudeste da Região de Trás-os-Montes, na sub-região do Planalto Mirandês, é o rio Douro que influencia o cultivo da vinha, terra do Mirandês, (uma língua típica com tradição nesta região). Nesta, os solos são essencialmente xistosos, a altitude ronda os 350 a 600 m, com a ocorrência de grandes amplitudes térmicas e níveis de humidade relativa muito baixos, bem como a incidência de ventos, tais caraterísticas, associadas ao modo tradicional de condução das videiras em taças, ou cabeças de salgueiro, permitem um maior controlo das videiras, inibindo o desenvolvimento de certas doenças e permitindo assim uma viticultura praticamente biológica.

Sub-Região de Valpaços

A sub-região de Valpaços situa-se no centro do coração da Terra Quente Transmontana. Amplamente reconhecida pela produção de vinhos que remontam à época romana, tal presença está intrinsecamente marcada nas rochas pelo maior número de lagares escavados na rocha até à data identificados. Nesta Sub-Região, os solos apresentam diferenças significativas, com maior incidência de manchas de xisto, com muitas zonas de transição com solos graníticos, a altitude varia entre os 450 e os 650 m. No que respeita ao clima, ocorrem temperaturas mais elevadas durante o verão e valores mais baixos de humidade relativa, bem como valores mais baixos de precipitação.

Características dos Vinhos

 No que se refere à tipicidade dos vinhos da região de Trás-os-Montes, para além da diversidade existente podem ser referidos alguns traços comuns a todos os vinhos, os vinhos brancos apresentam equilíbrio aromático com grande intensidade de aromas frutados e leves florais, na boca revelam uma acidez correta não sendo excessivamente pronunciada. No caso dos vinhos tintos, são vinhos com uma intensidade corante muito consistente e elevada, aromaticamente muito frutados, na boca relevam-se estruturados, e apesar dos teores alcoólicos normalmente elevados verifica-se uma acidez fixa correta, tornando-se vinhos robustos mas agradáveis e muito equilibrados.

SOURCE (c) CVRTM by www.clubevinhosportugueses.pt The best Portuguese Wine Portal

[10/05/2020]